Comer formiga faz bem para a vista?

27/01/2014 18:17

As formigas, assim como todos os insetos, são ricas em proteínas e pobres em carboidratos e gorduras saturadas. Na verdade os insetos vêm sendo amplamente explorados como alimento. As formigas, tanajuras principalmente, são apreciadas como verdadeiras iguarias a muito tempo por nossos ancestrais indígenas brasileiros.

Pesquisas garantem que as formigas tenham em torno de 42% de proteínas, enquanto o frango contém 23% e a carne bovina 20%. Além de consideráveis quantidades de proteínas e lipídeos, os insetos também são ricos em sódio, potássio, zinco, fósforo, manganês, magnésio, ferro, cobre e cálcio.

Apesar de tudo isso, não existem evidências científicas de que ingerir formigas melhore, cure ou evite problemas de visão. O mais provável é que essa historinha surgiu como tentativa de que pessoas não rejeitassem o alimento em que a formiga tivesse caminhado. Mitos desse tipo são, na verdade, fórmulas pedagógicas – como alertar que quem brinca com fogo faz xixi na cama. Os pais só dizem isso para as crianças não se queimarem. Outra força que impulsiona esse mito de que comer formigas faz bem é o fato dos insetos serem os animais mais abundantes do planeta. Afinal, formigas ou outros insetos são fáceis de encontrar por aí.

Diferentes espécies de formiga são consideradas iguarias saborosas por vários povos da Venezuela, Colômbia, México, África e Austrália – além de fazerem parte do cardápio de todos os indígenas brasileiros de origem tupi, especialmente a içá, ou tanajura, como são chamadas as fêmeas da saúva. Elas são consumidas na época em que estão com a barriga cheia de ovos e, portanto, mais ricas em proteína. “Ainda assim, o valor nutritivo é mínimo.

A verdade é que o valor proteico e nutritivo das formigas é tão baixo, devido ao tamanho, que não é possível afirmar que faça bem aos olhos e a qualquer outra parte do corpo. Mas… é como dizem por aí: “Você já viu um tamanduá de óculos?”, quem sabe se ingeríssemos apenas formigas na nossa dieta, não seríamos mais saudáveis?

Fontes:

https://super.abril.com.br/ecologia

https://diariodebiologia.com